Saturday, April 24, 2010

Agora eu entendo

Eu não vou mais julgar sentimento.
Nunca mais vou desdenhar de qualquer carta de amor.
E quem sabe consiga aturar todas as músicas românticas do universo.

Algumas coisas acontecem para que a gente entenda, de verdade, qual o verdadeiro significado do amor.
Para que a gente conheça uma saudade verdadeira. Daquelas que remetem a quando “a gente vive a sonhar, com alguém que se deseja rever”, como dizia Luiz Gonzaga.
Quando é realmente impossível rever alguém que se ama, nada pode preencher o vazio.

Eu não gostava da palavra luto.
Ignorei-a enquanto pude.
Mas acho que não vivi meu luto como deveria.

Devia ter chorado mais.
Devia ter parado tudo.
Devia ter tomado remédio para dormir, para acalmar o coração.
Devia ter culpado o mundo pela minha dor.
Talvez assim ela hoje seria menos insuportável.

Mas preferi seguir em frente.
E é isso que continuo tentando.
Só que a falta que painho me faz é tão estranha, que às vezes me impede de conseguir.

Acho que nunca falei pra painho o quanto o amava.
Só em carta, ou em cartão postal.
Passei bem menos tempo com ele do que gostaria.
Admirei-o só em pensamento, nunca externei pra ele o que ele era pra mim: um super-herói destinado a viver pela coletividade. Um gigante de um metro de sessenta e toneladas do lado esquerdo do peito.
Como gostaria de ter dado um último abraço no domingo que antecedeu um próximo final de semana com ele, que não aconteceu.

E é por isso que agora entendo Luiz Gonzaga quando ele dizia:
“Saudade intonce assim é ruim, eu tiro isso por mim, que vivo doido a sofrer!”

Monday, April 12, 2010

tic tac

E ontem fez dois meses.
É como disse Brunoca, o tempo passa muito rápido e, ao mesmo tempo, parece que não passa.
E que saudade!