Quando morei na Espanha, sonhava todos os dias em morar na minha encantadora Madrid. Nunca acreditei em amor a primeira
vista, mas por Madrid eu me apaixonei a primeira vista. Como seria viver andando todos os dias por aquelas avenidas monumentais? Assistindo filme no cinema da calle que já esqueci o nome, mas ficava bem próximo à praça de Espanha? Como seria ter sempre o Prado e o Reina Sofia de graça, todos os domingos? As feiras de livro no meio do paseo do Prado? Será que eu conseguiria andar todo o paseo da Castellana? Eu tentei tanto, mas me parecia realmente impossível. Mas quando lembro da sensação de ser uma eterna estrangeira vejo como é maravilhoso continuar no meu Recife.No Brasil, alguns lugares me encantam, mas acho que nenhum como o Rio de Janeiro. Conheci a cidade maravilhosa com minha querida amiga Natália. A viagem, na verdade, foi um verdadeiro presente proporcionado por ela. Fiquei na Barra da Tijuca, fui a todos os pontos turísticos, sem contar com Angra e Parati, que me pareceram um sonho. Mas os anos passaram de novo, e voltei ao Rio para fazer um concurso público nesse último domingo. As loucuras da viagem nem vale a pena contar. Para resumir, quase não embarco porque meu pai tinha esquecido de pagar a taxa de embarque, detestei a prova, fiquei das 10h às 19h sem comer nada e no aeroporto só consegui comprar pão de que
E como não sou Zeca Pagodinho, não consigo deixar a vida me levar, porque nesse meio tempo tenho enxaqueca, choro, vou muitas vezes ao banheiro e fico estressada como só eu sei. Mas se não for para continuar no meu Recife, que ele possa viver sempre dentro de mim. Porque eu, definitivamente, amo o Recife!