Wednesday, December 19, 2012

Obrigada 2012!


Muita coisa boa aconteceu.

Foi um ano de conquistas profissionais e materiais.
Foi um ano de conquistas subjetivas.
Tive algumas provas de fogo. Acho que pude aprender com elas.
Estou mais cautelosa, porque medrosa soa mais covarde.
Estou mais seletiva.
Estou mais honesta com os meus desejos e com as minhas vontades.

Espero novas conquistas para 2013, menos provas de fogo e mais aprendizados.

Que venha o ano novo!

Monday, December 03, 2012

Dependência boa


Dependência do elogio, do abraço carinhoso, do beijo apaixonado, da paz de espírito, da compreensão.

Dependência da certeza do acordo, da segurança, da prestatividade, da paixão.

Dependência do amor.

Wednesday, June 06, 2012

Em dívida


Crescer é difícil. Não sei exatamente por que motivo a vida está insistindo em me fazer encarar essa realidade. Perder painho e, dessa forma, o chão; me envolver em um acidente com vítima; ficar sem nenhum familiar por perto na hora que mais precisava; administrar burocracias antes resolvidas por mainha ou painho... Ninguém disse que seria fácil, né? Mas é engraçado como as coisas começam a fazer mais sentido depois de tudo isso. Sempre me achei medrosa e despreparada. Não entendia como, já que Ana Brito (mainha) e Ruy Pereira (painho) sempre foram, para mim e para o mundo, sinônimos de coragem. Tanta coragem que podia ser confundida com brabeza. E, nessas horas, como sou braba e corajosa! É de ficar impressionada comigo mesma. E é de ficar ainda mais impressionada com o fato de que contar, mas contar de verdade com alguém, principalmente nessas horas, é ainda mais difícil do que crescer.   

Quase enlouqueço Daniel no último mês e ele, ao invés de se afastar, não saiu do meu lado. Luquinhas e Nata, nem comento! Irmãos que a vida me deu e que, por isso, podem ser ferozmente sinceros, né Nata? Ou volúveis, né Luquinhas? Porque na hora do “vamos ver”, eles sim vão trabalhar de graça para me ajudar ou perder uma festa para não me deixar sozinha com o carro sem bateria. Eles, sim. Porque “ser de verdade” é para poucos, muito poucos. Claro que Daniel, Luquinhas e Nata não são os únicos amigos com os quais posso contar, graças a Deus! Pessoas maravilhosas que estão sempre ao meu lado também são exemplos de “ser de verdade”. Mas não se iludam, o número dessas pessoas não chega nem perto dos 900 amigos do face. E não chega mesmo! Ai, como sempre me alertou Nata, eu vou aprendendo a fazer menos por quem nada faz e mais, por quem merece. Ainda bem que meu saldo é grande, mas com alguns poucos, ainda estou em dívida!        

Saturday, May 19, 2012

Minha segurança


Essa coisa de segurança é muito engraçada.

Eu tive vontade de fazer psicologia antes de me decidir pelo jornalismo. Hoje, feliz e realizada com minha profissão, não tenho dúvida de que fiz a escolha certa, mas não deixo de me pegar analisando tudo e todos, sempre.

Acredito em instinto. Não consigo conviver bem com animais irracionais, exatamente porque, para mim, o homem - que deveria ser um animal racional - já parece tão irracional, que mais do que isso realmente me assusta.


Sempre me senti atraída por homens altos e fortes. Nem precisava de muita beleza, até porque homem com carinha de mulher é brochante. :P E eu sempre soube que esse tipo físico me atraia por causa da falsa segurança que me passava. Com um “brutamontes” desse não era possível que eu não estivesse segura. Engraçado!

Hoje eu descobri a verdadeira segurança. Posso acordar feia, engordar três quilos, brigar no dia anterior, ter uma crise de ciúme infundada (geralmente é muito bem fundada), ter opiniões contrárias e continuar tendo o melhor relacionamento. Posso programar meus dias, porque se marcarmos para ir ao cinema, iremos ao cinema. Posso andar sem dinheiro na carteira, porque se me sentir mal na festa de algum amigo dele, não vou precisar pegar um táxi, ele vai para o hospital ou para onde for preciso comigo. Posso ter pesadelos, porque se ele estiver do meu lado, vai ficar abraçado comigo até eu voltar a dormir.


Hulk é o que o mundo precisa na hora de um ataque extraterrestre, para os dias normais, Bruce Banner é bem mais apropriado. E ainda bem que eu tenho o meu, só que bem melhorado. J

Saturday, February 25, 2012

Apreciando a paisagem

Tudo tem seu tempo. A vida vai ensinando que essa ansiedade não leva a lugar nenhum e que as coisas acontecem na hora certa. Às vezes vai ficar tudo meio sem sentido mesmo. E nessas horas, nas quais a ansiedade angustia mais, nada vai sair da inércia. O importante é não ficar parado. A linha de chegada, que na sua cabeça deveria estar no próximo domingo, pode vir apenas alguns 300 domingos depois, mas, se você continuar tentando, ela vai chegar. E quando chegar, você vai entender como todo o percurso foi importante.

Desde pequena viajei de Recife até Serra Negra do Norte, no sertão potiguar. Que coisa angustiante ficar sentada no carro, brigando por espaço no banco de trás com Artur e Bruno, e esperando as seis, sete horas necessárias para pisar em solo sertanejo. Tio Acácio dizia que o melhor não era o chegar, era o durante, e mandava a gente apreciar a paisagem. Paisagem essa que já conhecíamos como nossas próprias mãos.

Por mais estranho que seja “apreciar a paisagem” a vida é isso mesmo. O “durante” é sempre mais importante, é ele que leva ao “chegar”. E ai, quando você chegar, lembre: o importante é não ficar parado!     

Sunday, January 01, 2012

Questão de perspectiva

É Muito difícil olhar pela perspectiva do outro. É difícil quando o outro teve uma criação parecida, estudou nos mesmo colégios, tem o mesmo padrão de vida. É mais difícil ainda quando o outro teve uma vida bem diferente. Não estou falando em outras culturas. Isso é foda! Não tem como “ler” uma cultura diferente da nossa. A gente “ler” usando como referência a nossa cultura e ai tudo é analogia. Estou falando em olhar pela perspectiva de outra pessoa nascida e criada na mesma cidade que a nossa, mas que não é a gente. Escutei uma vez que casar é sempre muito difícil porque o outro, por mais anos que vocês já convivam, ainda é um estranho, estranho no sentido de não ter nascido da mesma barriga, não ter tido os mesmos pais, a mesma infância, os mesmos amigos, a mesma casa, os mesmos avós, ou seja, as mesmas referências. Porra, eu concordo! O outro é sempre um estranho. Por mais estranho que isso pareça. E é engraçado, quando a pessoa acha que não ta mais estranho, fica estranho. Assim, do nada! E ficar estranho não significa ficar ruim, nem ficar bom, simplesmente ficar estranho, diferente.

Eu acho que, além de não ser fácil olhar pela perspectiva do outro, eu não gosto muito de fazer isso. Eu tenho dificuldade de perceber que não estou fazendo, sabe como é? Ai quando caio na real, paro e passo horas (re)analisando um bando de situações. No final, me sinto meio mal, mas sempre acho que era mesmo do jeito que tinha achado no exato momento do exemplo. Que pessoa terrível eu sou, né? E o pior, é sempre assim! Termina que eu já cresci muito com as experiências vividas, claro que mudei bastante também, mas poderia ter mudado bem mais. Poderia talvez ser até uma pessoa mais tranquila. E eu nem sei se isso seria realmente tão bom assim. Talvez 2012 seja um ano mais desafiador do que o esperado. Mas, vamos que vamos!