Wednesday, April 25, 2007

Humm...

Sabe quando o sorvete vem com calda de chocolate derretido, castanha bem crocante e biscoitinho novo?
Sabe quando a pizza vem com o queijo totalmente derretido e a massa fina e no ponto? Sabe quando a maminha vem sem gordura e bem passada mas bem molinha?
Sabe quando tudo é do melhor sabor possível?
Tão bom esse gostinho de quero mais!

Tuesday, April 24, 2007

Canela e açúcar

Eu sei que já fiz um texto sobre sensações, mas é porque elas insistem em me obrigar a prestar homenagem a elas o tempo inteiro. Vá lá que um texto meu não é a melhor homenagem do mundo, mas é a única que eu posso dar. Então ai vai.
O que seria do mundo sem a maravilha de escutar uma música que te faz lembrar o "chocolate con churos" da Espanha ou da sensação de liberdade das ruas movimentadas de Madrid? Mas e o sentimento de nostalgia misturado com alegria e apimentado com o gosto do privilégio de ter caminhado e dormido no Fórum Romano?
Ver as fotos e catalogar por cidades a vida de sensações maravilhosas na Europa é tão bom! E é tão melhor saber que o gostinho da lembrança não vai ser apagado nunca!
Que bom saber que “quem tem saudades não está sozinho, tem o carinho da recordação”. Porque mesmo longe do que já me fez feliz, eu tenho perto de mim as lembranças nostálgicas daquele momento que passou.
E o momento presente, o único real de verdade, ta sendo tão feliz, que as lembranças são a canela e o açúcar da cartola.

Sunday, April 22, 2007

Hábitos de vida

Tudo é uma questão de hábito nessa vida, cada dia isso se torna mais claro para minha pessoa.
Se você é acostumado a escutar música clássica ela vai lhe acalmar, caso contrário, vai soar como o forró de aviões ou sai rodada soa aos meus ouvidos. Sabe aquela vontade de gritar de desespero e agonia quando passa trinta minutos esperando com vontade de ir ao banheiro e não pode? Pronto, é assim que eu me sinto quando estou em um ambiente onde termino sendo obrigada a escutar esse “gênero musical”.
Pois bem, tudo é uma questão de costume. Nessa minha fase maduro-solteira-independente eu tenho que me adaptar a tanta coisa que chega cansa. Tão mais fácil quando as novidades já viraram intimidade e você sabe como andar pelo campo minado natural da vida. Eu não sei caminhar bem por essas trilhas desconhecidas, é como dirigir em outra cidade: você não conhece as ruas que são contra mão, nem se tem um buraco enorme logo depois da curva, dá uma insegurança arretada!
E essa história de pensar mil vezes antes de tomar uma decisão? Por mais banal que ela seja? Ai que angústia isso me causa!
“O tempo não pára” mas será que a dinamicidade dele vai ser maior do que a que eu posso agüentar? Eu espero que o segundo dia na cidade seja com mais segurança. Pelo menos as ruas que são contra mão já dá pra saber, né? Buraco aparece todo dia...

Thursday, April 19, 2007

Turbilhão de paz

Paz deve ser sinônimo de felicidade em algum idioma mais inteligente do que o nosso bom e velho Português.
“A paz invadiu o meu coração”. Sem dúvida felicidade é isso e, sem dúvida, estar é paz é melhor do que qualquer surto momentâneo de alegria.
Parece mentira que eu esteja escrevendo isso. Logo eu que faço apologia ao momento, que faço apologia aos abraços acalorados e aos gritos de felicidade.
Não que eu tenha mudado de idéia quanto a isso. Continuo achando que a vida é feita de momentos e que os momentos alegres precisam ser valorizados com festa, abraços, e beijos. E que os momentos de raiva precisam de um - puta que pariu! Ou algum sinônimo melhor do que essa expressão já tão perfeita.
A questão é que esse momento de paz, que não deixa de ser um momento, não precisa de nada para completá-lo e isso o torna perfeito.
Ai, se a vida não fosse feita de momentos, eu acho que escolheria esse sentimento pra ser eterno. Mas ai, como é que eu ia saber que ter paz assim é tão bom se eu nunca tivesse tido vontade de manda alguém pra aquele lugar?
É, realmente eu prefiro o turbilhão de sentimentos, mas que eu to adorando essa paz, ah eu to!

Wednesday, April 11, 2007

Marcha atlética

Tanta coisa acontece e as mudanças demoram tanto a virem acompanhadas dos acontecimentos.
Tudo é mais lento do que deveria quando você deseja que seja o contrário. A saudade demora a passar e as novas descobertas demoram ainda mais a se concretizar.
Tudo anda a passos lentos quando eu queria que a velocidade de tudo estivesse em marcha atlética.
Que o tempo leve menos tempo do que costuma levar. E que as mudanças venham mais rápido do que o ritmo normal das coisas.
Ah, e as descobertas... que essas se concretizem mesmo, porque a ansiedade é ainda maior do que a saudade.

Monday, April 09, 2007

Esperando a explosão

O Recife é um caldeirão prestes a explodir. Eu me sinto péssima ao parar nos sinais de trânsito e odiar os adolescentes e jovens que tentam lavar o pára-brisas do meu carro em troca de algum dinheiro. Eu sinto um misto de medo, raiva e pena não sei se mais deles ou mais de mim mesma. O quão egoísta e cruel eu sou por odiar uma pessoa que limpa pára-brisas por dinheiro. Ao mesmo tempo, não suporto mais esse medo de saber que eles dominam meus passos, porque se um dia eles notarem o poder que têm nas mãos, eu e toda essa minha classe média de merda ta fudida, literalmente fudida! E essa violência constante e crescente não é nada perto do que pode ser. Como é que toda vez que alguém vem limpar o pára brisas do meu carro eu digo: - to sem nada amigo! Que amigo porra nenhuma! Eles devem pensar. Que amigo porra nenhuma! Minha cara de alívio quando eles saem de cima do carro deve demonstrar pra quem vê a cena. Recife é um calderão prestes a explodir e eu me sinto cada dia mais impotente por não saber o que fazer pra abrir a tampa antes da tragédia.

Monday, April 02, 2007

Medo da não saudade

Não entendo essa saudade do que não foi. Essa saudade de futuro, que desaparece e reaparece de quando em quando.
Não entendo esse “medo do que medo que dá” só em pensar no medo de nunca mais lembrar. A indiferença é bem mais triste do que qualquer outro sentimento pelo outro. Tão estranho ser indiferente ao que antes era A diferença. Não quero que essa experiência se repita.
Se realmente existe alma, que as almas se comuniquem quando os corpos não conseguem tal proeza. E que esse medo infernal finalmente desapareça.