Crescer é difícil. Não sei exatamente
por que motivo a vida está insistindo em me fazer encarar essa realidade.
Perder painho e, dessa forma, o chão; me envolver em um acidente com vítima;
ficar sem nenhum familiar por perto na hora que mais precisava; administrar
burocracias antes resolvidas por mainha ou painho... Ninguém disse que seria
fácil, né? Mas é engraçado como as coisas começam a fazer mais sentido depois
de tudo isso. Sempre me achei medrosa e despreparada. Não entendia como, já que
Ana Brito (mainha) e Ruy Pereira (painho) sempre foram, para mim e para o
mundo, sinônimos de coragem. Tanta coragem que podia ser confundida com
brabeza. E, nessas horas, como sou braba e corajosa! É de ficar impressionada
comigo mesma. E é de ficar ainda mais impressionada com o fato de que contar,
mas contar de verdade com alguém, principalmente nessas horas, é ainda mais
difícil do que crescer.
Quase enlouqueço Daniel no último mês e
ele, ao invés de se afastar, não saiu do meu lado. Luquinhas e Nata, nem
comento! Irmãos que a vida me deu e que, por isso, podem ser ferozmente
sinceros, né Nata? Ou volúveis, né Luquinhas? Porque na hora do “vamos ver”,
eles sim vão trabalhar de graça para me ajudar ou perder uma festa para não me
deixar sozinha com o carro sem bateria. Eles, sim. Porque “ser de verdade” é
para poucos, muito poucos. Claro que Daniel, Luquinhas e Nata não são os únicos
amigos com os quais posso contar, graças a Deus! Pessoas maravilhosas que estão
sempre ao meu lado também são exemplos de “ser de verdade”. Mas não se iludam,
o número dessas pessoas não chega nem perto dos 900 amigos do face. E não chega
mesmo! Ai, como sempre me alertou Nata, eu vou aprendendo a fazer menos por
quem nada faz e mais, por quem merece. Ainda bem que meu saldo é grande, mas
com alguns poucos, ainda estou em dívida!
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