Sunday, December 17, 2006

Como tem que ser

“Outro Brasil dentro do próprio Brasil” é assim que você se sente em São Paulo.
As filas são preparadas sem que seja necessário aviso ou regulamentação. As terras, tão pouco produtivas como no Nordeste, parecem ter realmente dono, porque não se ver MST, MLT ou qualquer outro M que lute pelo que merece e não tem, enquanto outros poucos ganham lucros exorbitantes encima do que não fazem. As coisas funcionam, a riqueza é gerada e as opções são infinitas.
O trânsito é mais do que impossível de lidar, as pessoas são mais aceleradas do que eu e ao invés de pegar um táxi, as pessoas tomam o meio de transporte. Os verbos de ligação parecem uma invenção do Nordeste do país, porque aí se fala sem a utilização de nenhum deles. Rapariga não é moça como em Portugal, mas é bem menos pejorativo do que o nosso puta, afinal, mulherão até onde eu sei significa um elogio.
E os sorrisos são rápidos e superficiais, como tudo que é genuinamente paulista tem que ser.

4 comments:

Luciana Oliveira said...

Se um paulista ler que tudo que é paulista tem que ser "rápido e superficial", ele pode ficar com tanta raiva de vc qt vc ficou daquele cara de Natal...
=P

Tiago said...

"...porque não se ver MST, MLT ou qualquer outro M..."

Não se VER, Eliza Brito?

"...lucros exorbitantes encima do que não fazem."

ENCIMA, Eliza Brito???

¬¬

Monique Mendes said...

Lizinha...quero ler mais teus textos...cadê as produções?

Luciana Oliveira said...

Epa, Tiaguinho, seu chato... tenho que defender Lizinha quanto ao "encima". Em espanhol se escreve "encima" e até hoje eu sofro pela automatização.